SEGUE-SE UMA ANÁLISE APROFUNDADA DOS PRINCIPAIS MITOS SOBRE O AZOV, ACOMPANHADA DE UMA EXPLICAÇÃO QUE OS DESMENTE.
Uma caserna com prisioneiros de guerra Azov que foi explodida pelos russos. Olenivka, 2022
MITO 8: OS COMBATENTES DO AZOV COMETERAM CRIMES DE GUERRA CONTRA CIVIS E PRISIONEIROS DE GUERRA
Durante os 10 anos da guerra russo-ucraniana, as organizações internacionais independentes e os grupos de controlo não registaram quaisquer crimes de guerra cometidos pelos representantes do Azov. As alegações de tais crimes não são apoiadas por factos ou provas.
Este mito foi criado pela propaganda russa com o cinismo típico do regime de Putin, com um objetivo principal: acusar os ucranianos, sem qualquer prova, daquilo que os próprios soldados russos estão a fazer.
Além disso, muitas missões de controlo cessaram as suas actividades na Ucrânia pouco depois do início da invasão russa em grande escala. A OSCE cessou as suas actividades em 31 de março de 2022. Portanto, todas as acusações dos meios de comunicação russos de supostos crimes de guerra cometidos pelos combatentes do Azov não têm provas factuais de um terceiro independente, ou seja, de uma missão especial de monitoramento.
Na noite de 28 para 29 de julho de 2022, os russos fizeram explodir uma caserna com 198 prisioneiros de guerra de Azov, acusando a parte ucraniana de bombardeamento. 53 pessoas foram mortas e as restantes ficaram feridas com gravidade variável. O Instituto Americano para o Estudo da Guerra (ISW) rejeita a possibilidade de bombardeamento do quartel a partir do exterior e salienta que a explosão teve uma origem interna. Os representantes afirmam igualmente que a explosão não foi o resultado de um ataque com mísseis HIMARS. As autoridades russas não permitiram que representantes de organizações independentes e dos média chegassem ao local para investigar o incidente.
Uma caserna com prisioneiros de guerra Azov que foi explodida pelos russos. Olenivka, 2022